Neste sábado (4), uma multidão de fiéis foi à cidade de Baependi, no sul de Minas Gerais, para a beatificação de Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica. A celebração foi conduzida por um representante do Papa Francisco.
Os romeiros chegaram bem cedo à cidade. Gente de vários lugares do Brasil. Tudo para festejar a beatificação de Nhá Chica. Neta de escravos, analfabeta, devota de Nossa Senhora da Conceição, a ela são atribuídas mais de 20 mil graças.
“Estamos no atual pontificado do Papa Francisco. E Francisca é o nome dela; Então, se percebe esta bela dimensão de amor aos pobres”, comenta padre José Douglas Baroni, secretário da beatificação de Nhá Chica.
Os devotos esperaram quase 20 anos por este momento. O processo de beatificação de Francisca de Paula de Jesus começou em 1993. Em 2012, o Vaticano reconheceu o milagre e resolveu beatificar Nhá Chica.
No meio daquela gente, uma devota especial: a professora Ana Lúcia Meirelles Leite. Foi o caso dela que a Igreja investigou para abrir o processo de beatificação. Ela sofria de hipertensão pulmonar, uma doença congênita, e só poderia ser curada com cirurgia. Mas Ana rezou para Nhá Chica, e o problema desapareceu. E hoje, em agradecimento, ela subiu ao palco com os restos mortais da nova beata brasileira.
“Acordei emocionada demais, chorando, agradecida e perguntando: ‘Por que eu?’”, conta a devota.
Foi preciso um dossiê com todos os exames, depoimentos de testemunhas e de sete médicos afirmando que não havia explicação científica para a melhora de Ana.
"Para a Igreja e para todo mundo aconteceu esse milagre", diz o advogado Paolo Vilota.
O Vaticano mandou o cardeal Ângelo Amato para celebrar a cerimônia. “Porque é uma figura muito importante”, ressaltou.
Agora, depois da beatificação, a Igreja quer a canonização. Para isso, é preciso provar mais um milagre. Mas para aquela gente toda, a festa de hoje já foi de devoção a uma santa.
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