A juíza de Macau, Cristiany Maria de Vasconcelos Batista, prorrogou as prisões temporárias de 12 pessoas detidas na terça-feira (9) na operação Máscara Negra. A decisão foi publicada na noite desta sexta-feira (12). A Máscara Negra investiga um suposto esquema fraudulento na contratação de shows artísticos desde 2008 pelas Prefeituras de Macau e Guamaré, cidades do litoral Norte do Rio Grande do Norte.
As prisões temporárias, que eram de cinco dias, foram prorrogadas por mais cinco dias. Na decisão, a juíza Cristiany Vasconcelos diz que levou em consideração as argumetações do Ministério Público. Os promotores de Justiça alegam que a prorrogação das prisões é uma "medida imprescindível para o alargamento e continuidade das investigações, tendo em vista que nem todos os malotes decorrentes das buscas e apreensões foram remetidos e analisados pelo órgão ministerial; que várias pessoas têm sido ouvidas neste e em outros Estados, não tendo o Ministério Público local tido ainda acesso a todos esses depoimentos; que a investigação é muito complexa e que demanda mais tempo para a análise de tudo o que foi apreendido e dos depoimentos já tomados; que os investigados, quanto interrogados, não têm cooperado com as investigações, exceto Rogério Medeiros Cabral Júnior, dando respostas desconexas e evasivas, denotando a coesão da quadrilha para tentar impedir o total descortinamento do modus operandi das contratações fraudulentas e desvios de recursos".
Ainda na decisão, a juíza de Macau frisa que "desde o início da operação diversos empresários cujas empresas foram alvos de busca e apreensão têm se apresentado de forma voluntária para prestar esclarecimentos e informações relevantes para as investigações, de modo que a liberdade dos investigados pode vir a impedir ou a influenciar na colheita dessa prova; que testemunhas têm sido ouvidas e que o interrogatório do investigado Rogério Medeiros Cabral Júnior revelou a participação no esquema de outras pessoas que ainda precisam ser inquiridas, bem como outras diligências adotadas".
O empresário Rogério Júnior é o único dos presos que foi solto até o momento. Um dos alvos da investigação do Ministério Público continua foragido.
Fonte: Cidade News Itaú
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