A Fome! |
A situação é
extremamente preocupante. A seca de 2012 deixou estragos que somente serão
reparados em longo prazo, ou melhor, décadas, prejuízos sem mensuração. As
estiagens de janeiro a março de 2013 irão cada vez mais agravar a situação. Em
nosso Município, as áreas agricultáveis, começaram a serem aradas, mas,
infelizmente, devido ao atraso do início de período chuvoso pararam. As chuvas
que até agora caíram não foram suficientes para assegurar o cultivo das
lavouras, afetando diretamente a economia de nossa cidade, estamos sem produção
de feijão, milho, sorgo, forragens. Com isso, estamos sem pastos, açudes e
barragens vazios, animais morrendo, o que sem dúvidas, é um dos principais
problemas da agricultura, o que os agricultores levaram anos para construir a
Seca está destruindo. As estiagens são fenômenos climáticos que atingem todas
as áreas enquadradas na Região do Polígono das Secas, abrangendo a maior parte
dos estados nordestinos. No Estado do Rio Grande do Norte, a escassez de chuvas
é uma das características do semiárido potiguar, aliada às irregularidades,
concentração e baixa distribuição das precipitações pluviométricas. A seca de
2012 deixou inúmeras conseqüências negativas para uma atividade vulnerável (agricultura)
quando exercida no semiárido, sobretudo para a parcela mais pobre da população
rural que desenvolve a agricultura e criação de animais, refletindo no
comprometimento do processo de desenvolvimento social e econômico do nosso
Município. Logo, essa situação provocará o que chamamos de êxodo rural, quando
os habitantes rurais na tentativa de fugir da seca buscam esperanças de
melhores condições nas grandes cidades. Entretanto,
é de conhecimento geral, que a atual conjuntura agrícola do Rio Grande do Norte
carece de atenção especial, uma vez que se podem perceber situações
preocupantes. A nossa cajucultura está bastante comprometida, nossa agricultura
ainda é arcaica, no mercado competitivo, estamos praticamente nas mãos dos
Usineiros e sem competitividade, com baixa produção, pomares velhos, e
principalmente sem o apoio do Governo. Que as ações de combate a Seca saiam do
papel e se tornem realidade, que o Governo invista na agricultura familiar,
afinal, o campo vive sem a cidade, mas, a cidade não vive sem o campo.
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