A principal
fonte de renda de nossa cidade está com sérios problemas, seu futuro
comprometido, conseqüentemente, nossa economia local e desenvolvimento. Rodolfo
Fernandes tem como fonte de renda basicamente recursos oriundos do poder
público, empresas privadas e a principal que se gera o maior número de empregos
diretos e indiretos, a agricultura, que tem como principal produto, a produção da
amêndoa de castanha e a venda de caju in
natura. Mas, pergunto: é somente a seca que está atrapalhando a Cajucultura?
Não. O calcanhar de Aquiles é a forma de como nossa cultura foi realizada, as
plantações, hoje, com baixas produtividades, receberam quase ou nenhum manejo
ou trato cultural ao longo dos anos. A produção é proveniente de cajueiros
gigantes, com idade média de 30 anos ou mais, ou seja, são florestas de cajueiros,
que possuem uma atividade extrativista, logo, a produtividade vem decrescendo.
O crescimento do número de pragas e doenças nos pomares, vem, afetando
diretamente essa cultura. O custo/produção a cada ano cresce de forma
geométrica, enquanto, a produção permanece em forma aritmética, na verdade
decrescente. O produtor é refém das indústrias que manipulam o preço da
castanha in natura, chegando ao
absurdo de se importar castanha da África bem superior ao nacional. Em nosso
Estado, às culturas do Algodão, Carnaúbas chegaram praticamente ao seu fim. A
nosso ver, a Cajucultura caminha nesse sentido, o agricultor sem o apoio do
poder público, endividados, sem perspectivas de um futuro melhor. Quem conhece
a realidade do sertanejo sabe o que estou transcrevendo, fico perplexo, com
tamanho descaso. Nossa cidade está sem a produção de feijão, leite, carne, sorgo,
milho, mel, castanha, caju, com isso milhares de empregos deixaram de ser
gerados, em outras palavras, faltará dinheiro na mão do agricultor e sobrarão
dívidas. O que o agricultor precisa não é de seguro safra, ele carece de tecnologia,
acompanhamento técnico e principalmente de valorização. A Cajucultura está morrendo e poucos percebem.
E se a Cajucultura chegar ao seu fim? A culpa é de quem? Do agricultor? Tomara
que eu esteja errado, tomara.
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