Josias de Souza lembra que o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) degusta desde a noite de sábado sua primeira interinidade na Presidência da República. Dilma Rousseff repassou-lhe o cargo na Base Aérea de Brasília, ao embarcar para Lisboa. Fez isso porque o vice Michel Temer também se encontra no estrangeiro. Viajou para a Hungria.
Henrique despachará no gabinete presidencial apenas nesta segunda-feira. A titular embarca de volta às 23h30. No final da tarde, o interino abrirá as portas da sala de Dilma para personagens que, desde 2011, deixaram de frequentar o ambiente por falta de convite: os líderes partidários.
Um dos escorpiões que visitarão o presidente da Câmara na sua interinidade no Olimpo ironizava na noite passada: “Para a cena ficar completa, o Henrique tem de assinar dois atos: a demissão da coordenadora política [Ideli Salvatti] e uma medida provisória instituindo o Orçamento impositivo para as emendas parlamentares.”
Afora os líderes dos partidos, Henrique concederá audiência ao primo e ministro Garibaldi Alves (Previdência), com quem Dilma só despacha de raro em raro; e receberá a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), do seu Estado, o Rio Grande do Norte. De petista, apenas o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi pré-agendado.
Para viver suas horas de presidente, Henrique teve que adiar uma viagem que faria à Rússia. Do contrário, sentaria na poltrona de Dilma o presidente do STF, Joaquim Barbosa, já que Renan Calheiros, mandachuva do Senado e terceiro na linha sucessória, também viajou para Lisboa.
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