quarta-feira, 1 de maio de 2013

De ASG a diretor, servidor público potiguar se aposenta neste 1º de maio

Saladino Bentes Rocha trabalha na Caern há
48 anos (Foto: Priscylla Meira/Caern)
O engenheiro civil José Vicente Filho se aposenta nesta quarta-feira (1º), dia em que o Brasil comemora o dia do Trabalho. Depois de 53 anos dedicados ao trabalho, o engenheiro deixa a empresa onde passou de auxiliar de serviços gerais para a direção de um dos setores. O engenheiro é funcionário da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).
“Sinto um friozinho na barriga. Foi meio século de trabalho dedicado a esta companhia e, hoje [terça], me despeço de grandes amigos e levo comigo grandes saudades”, disse o engenheiro, que passou a fazer parte do quadro de funcionários do Escritório Saturnino de Brito (que deu origem à Caern) em setembro de 1961, quando tinha apenas 19 anos.
José Vicente, que até hoje atuou como presidente da Comissão de Recebimento de Material na Unidade de Suprimento, iniciou a trajetória na empresa como ASG.
O funcionário passou no vestibular para engenharia em 1968. Ao longo da carreira, assumiu cargos de gerência, foi membro da Comissão de Licitação, fiscal de obra, além de presidente do sindicato dos caernianos. “Fechar este ciclo sabendo que qualquer município ou distrito do RN recebeu alguma benfeitoria feita por mim, me traz uma grande satisfação. Saio agora com a sensação de dever cumprido”, enfatizou.
A trajetória de José Vicente, que assistiu e fez parte da criação da Caern, se confunde com a própria história da Companhia. Assim também acontece com outro colaborador da empresa,  Saladino Bentes Rocha, conhecido pelos corredores da empresa como “Arquivo Ambulante”.
Ele sabe todas as datas comemorativas, nomes, valores de obras e até número de ligações domiciliares de cor e salteado. Basta citar um acontecimento – que pode ser desde a posse de um novo presidente da Caern até o aniversário de algum colaborador antigo – e ele já vai falando a data com dia, mês e ano precisos. Nos valores, chega a citar até mesmo os centavos.
Como bom contador de fatos do passado, lembra bem do primeiro dia de trabalho. “Eu tinha apenas 20 anos quando um primo indicou meu nome a um antigo diretor, Marcelo. Naquele tempo, não havia concurso público e fui fazer entrevista em pleno sábado, dia em que havia expediente até o meio-dia. Era dia 17 de outubro de 1964. Ele perguntou se eu sabia bater máquina e disse que eu retornasse na segunda-feira, que o emprego era meu”, lembrou Saladino. Ele trabalhou como datilógrafo, chefe de Secretário Geral e, atualmente, empresta seus conhecimentos sobre a empresa na Unidade de Protocolo e Arquivo.
“Sofri uma acidente e hoje sinto dificuldade para andar. Então, me transferiram para uma sala que fica no térreo e hoje trabalho reconhecendo funcionários em fotografias antigas, prestando informações sobre obras e ações de outras décadas, auxiliando na construção e preservação da história e identidade da Caern”, disse Saladino, que aguarda apenas uma decisão do INSS para fechar o ciclo de trabalho na empresa.

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