sábado, 27 de abril de 2013

Infraestrutura é precária no Centro Administrativo do Governo do Estado do RN


O Centro Administrativo, sede do governo estadual abriga não apenas o cerne das decisões do estado, como também problemas de infraestrutura.  Construído na década de 1970, alguns prédios nunca passaram por reforma. Infiltrações, problemas nas instalações elétricas e salas mal estruturadas e fachadas deterioradas são alguns deles. A questão da segurança e a mudança nos acessos também são reveses, relatados por servidores. 
Há uma semana, o prédio da Secretaria de Educação e Cultura foi alvo da ação de bandidos. Uma quadrilha invadiu a sede, rendeu o vigilante e arrombou três caixas eletrônicos do Banco do Brasil levando soma  em dinheiro não divulgada. O prédio da Educação está localizado exatamente em frente à Governadoria e, ao lado, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed). 

A circulação no Centro Administrativo é facilitada com a falta de manutenção das cercas, que ostenta buracos em alguns pontos. As guaritas não dispõem de equipamentos de segurança, como câmaras de circuito interno de TV ou barreiras eletrônicas. E em ao menos uma das três existentes, no acesso pela rua Raimundo Chaves, não havia guarda enquanto a equipe da TRIBUNA DO NORTE  esteve no local, na manhã da última quinta-feira.

O acesso pela Avenida Prudente de Morais, improvisada a partir da construção do Estádio Arena das Dunas, não tem pavimentação. Os desníveis e buracos rasgados no chão de terra batida pioraram com  chuva que caiu na última quarta-feira. Em meio a área alagada, sacos de lixo deixados para coleta. Pela marginal da BR-101, o acesso para carros oficiais é bem conservada e conta com guardas patrimoniais.

No trecho entre a Governadoria até a Secretaria de Infraestrutura (SIN), um vazamento no sistema de abastecimento da Caern, alagou as vias durante todo o dia de quarta e quinta-feira. Antes da reportagem deixar o local, técnicos da Caern vistoriavam o problema na tubulação.

A conservação dos canteiros e praças contrasta com a fachadas de algumas secretarias. A entrada nos prédios é feita de forma indiscriminada, somente em uma delas – na secretaria estadual de infraestrutra – o acesso precisou ser liberado por equipamentos eletrônicos instalados na portaria. Nas demais, a falta de recepcionista ou uma passagem paralela às roletas permite a entrada sem identificação. 


Alguns prédios passaram por reformas recentes

As edificações das secretarias são, estruturalmente, idênticas, com tamanhos diferentes. As que passaram por melhorias recentes – Administração, Governadoria, Tributação e Planejamento - oferecem melhor estrutura, com salas amplas, sistema de informação .   

A Secretaria de Infraestrutura está com os serviços concentrados em um pavimento, enquanto o superior está desativado para reforma – a primeira após 20 anos. De acordo com o coordenador de obras , Luciano Xavier, a previsão é concluir, até maio, a primeira fase da obras – orçada em R$ 2.266 milhões, como exposto em placa em frente ao prédio.

No térreo, onde as coisas funcionam, os problemas estão por toda parte. Na entrada, a fiação exposta despende do teto.  O teto do banheiro feminino, sem revestimento no teto e com vazamentos, a copa com buracos no forro. Assim como outras secretarias, (SEEC, Sethas, Fundac, Cehab), esta também se apresentam com lodo, infiltrações ou reclamando demão de tinta. Divisórias organizam os espaços.

O prefeito do Centro Administrativo, capitão Antônio Neri  explica que a administração das secretarias não é centralizada. Cada unidade tem autonomia na gestão.

A prefeitura do Centro conta com 14 funcionários terceirizados, da empresa JMT, para cuidar da limpeza e manutenção da área externa. “Somos encarregados da roupagem. Os serviços de limpeza e conservação das vias internas e acessos, jardinagem. Os problemas de infraestrutura de cada secretaria tem pessoal e orçamento próprio para isso”, disse capitão Neri.


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